Gestão Hídrica: Governança dos bens comuns
Autor: Arlindo Rodrigues
Ano da publicação: 2019
RESUMO
Na Introdução do livro, o autor explica que: “A nossa primeira parada dessa viagem teórica foi dialogar sobre Bens Comuns. Esse que além de um conceito, é uma forma de sentir a sociedade e nossa forma de nos relacionarmos com a Natureza, pois a “não posse” sobre os Bens Comuns nos leva a outro patamar de civilização, no qual onde o ter não é superior ao ser e, principalmente, o respeito e a partilha são palavras chaves de relações perenes entre nós e a Natureza.
Depois desse momento, vamos entender a Água, seus caminhos e suas necessidades de respeito ao seu ciclo para que ele seja saudável e nos forneça nossa fonte vital da vida. Nesse sentido, entender a nossa relação com a Água é fundamental. Para isso, utilizei, sem moderação, os conceitos teóricos do professor Dowbor, pois eles nos ajudam muito a compreender os mecanismos políticos envolvidos nessa interação. E, para apresentar o cenário hídrico atual, utilizei também os relatórios da UN-Water.
Em meus estudos nas ciências sociais, principalmente com as lições de Löwy e Bensaïd, aprendi que a história não está previamente definida e, sim, ela é construída por diversas forças políticas, seja em cooperação, seja em enfrentamento. Nessa construção, do caminho ao andar, a sociedade tem desafios de decidir sobre bifurcações na sua história. As opções que estão apresentadas neste livro são a Água apropriada como mercadoria e a Água como Bem Comum, nesta última, construída no processo de remunicipalização e nas gestões coletivas.
A ambição desta obra é servir de ferramenta para os transformadores socioambientais, mas também despertar novos transformadores. E, para isso, este livro apresenta a proposta Água como Bem Comum e analisa as articulações estabelecidas na relação da Água com a humanidade, em particular como essas articulações são conduzidas pelo processo decisório que impera numa sociedade, isto é, a governança hídrica, seja ela privada, assumindo a Água como mercadoria, seja ela pública ou coletiva, neste caso, como Bem Comum. Acredito que a Água como Bem Comum pode construir uma estrada que, além de levar a uma relação perene entre a humanidade e a Água, pode propiciar condições concretas para conceber uma sociedade socialmente justa, ambientalmente integrada e solidária.”
O prefácio, assinado por Edson Aparecido da Silva, secretário-executivo do ONDAS, destaca que “temos em mãos uma obra que nos alimenta de informações, um rico rol de pesquisa que ajudará na formação de trabalhadores e trabalhadoras, do campo e da cidade para os processos de resistências presentes e que virão”.
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Gestão Hídrica: Governança dos bens comuns