ONDAS – Observatório dos Direitos à Água e ao Saneamento

ONDAS – Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento

Em Santiago, ONDAS defenderá mobilização popular para a Assembleia da Água da ONU em Nova Iorque

Preparando o “Fevereiro Azul”

Em Santiago, ONDAS defenderá mobilização popular para a Assembleia da Água da ONU em Nova Iorque.

Ricardo Moretti e Marcos Montenegro representarão o ONDAS na Conferência “Nosso futuro é público”, que se realizará em Santiago do Chile, de 29/11 a 2/12, organizada por uma ampla coalização de entidades não governamentais e movimentos populares e sindicais.

Os representantes do ONDAS aproveitarão a oportunidade para reforçar os laços de colaboração com entidades e movimentos em defesa da água como direito, especialmente com aquelas que integram na América Latina a Red Vida na qual o ONDAS participa.

Esta Conferência em Santiago se realizará no contexto de preparação para a Assembleia da Água que a ONU realizará em Nova Iorque, de 22 a 24 de março de 2023. A propósito da convocação dessa conferência, o ONDAS, com várias outras entidades, subscreveu um Apelo em Defesa da Água, que pode ser lido aqui.

No Chile, o ONDAS defenderá a proposta que apresentou no Fórum Social em Genebra no início deste mês, defendendo ampla mobilização dos movimentos sociais para que nossas posições façam diferença na Assembleia da Água que a ONU realizará quando cinco temas serão objeto de Diálogos Interativos: Água para a Saúde; Água para o Desenvolvimento; Água para o Clima; Resiliência e Meio Ambiente; Água para a Cooperação e Água na Década para a Ação.

A proposta do ONDAS considera a necessidade de movimentos sociais em defesa da água se mobilizarem para ter maior presença e influência na Conferência de Água da ONU, defendendo as bandeiras de:

– realização dos direitos humanos à água e ao saneamento e o cumprimento do ODS n°6;

– não privatização de serviços públicos de água e saneamento;

– água como bem comum e não mercantilização e não comodificação da água;

Para tanto, estamos propondo que os movimentos sociais:

1 – declarem fevereiro de 2023 como Mês Azul de mobilização para a Conferência das Nações Unidas sobre Água 2023 em Nova Iorque;

2 – convoquem e realizem conferências ou reuniões nacionais em cada país para preparar intervenções e contribuições para a Conferência das Nações Unidas para a Água 2023;

3 -articulem com os governos dos respectivos países e suas representações na ONU na defesa de nossas bandeiras.

Nosso futuro é público articula movimentos sociais

Em Santiago, Chile, de 29 de novembro a 2 de dezembro de 2022, a Conferência Nosso Futuro é Público (#OFiP2022) reunirá movimentos sociais e organizações da sociedade civil de todo o mundo com o objetivo de desenvolver estratégias e narrativas para fortalecer os serviços públicos na realização dos direitos econômicos, sociais e culturais e combater os efeitos das mudanças climáticas.

A Conferência Nosso Futuro é Público é promovida por uma série de organizações da sociedade civil, movimentos sociais e instituições acadêmicas que trabalham em vários setores, zonas geográficas e focos temáticos. O evento será híbrido (online e presencial), com sessões abertas ao público, contando com convidados internacionais e locais, como resultado de uma convocação global de movimentos sociais, atores da sociedade civil e líderes acadêmicos e políticos para construir e reforçar alianças, trocar ideias e desenvolver estratégias para recuperar os serviços públicos e democratizar a economia.

Objetivos

São objetivos da Conferência conscientizar e criar impulso político sobre a importância de serviços públicos robustos e inovadores para garantir os direitos humanos e enfrentar os desafios do século XXI e proporcionar uma oportunidade para construir e reforçar a colaboração entre atores e movimentos para fortalecer os serviços públicos, desenvolver narrativas comuns sobre questões críticas e decidir sobre estratégias setoriais e intersetoriais conjuntas.

Os dois primeiros dias serão dedicados a encontros setoriais sobre saúde, educação, agricultura, justiça econômica e proteção social, energia, sistemas alimentares, habitação, transporte, resíduos e água.

Os dois dias finais reunirão todos os movimentos e organizações participantes da conferência para uma discussão coletiva sobre temas transversais, incluindo emergência climática, igualdade de gênero, justiça econômica e tributária e propriedade democrática. Mais detalhes sobre esses temas estão disponíveis aqui.

Esta parte da conferência atrairá e envolverá atores políticos e influentes (como políticos, instituições, redes de cidades e mídia), para construir compreensão e confiança na adoção de uma agenda transformadora. Ele se concentrará em narrativas, mensagens e resultados, centrando os serviços públicos como uma experiência concreta e como ferramentas para democratizar a economia e a propriedade pública, mudar para um mundo transformador e solidário e oferecer alternativas (democracia, solidariedade, coletivo) ao medo e insegurança.

Das desigualdades globais à justiça social, econômica e climática

A emergência climática, o aumento das desigualdades e a pandemia da COVID-19 reafirmaram as falhas e limitações do atual modelo neoliberal para responder às crises e garantir uma vida digna para todos. A transformação na organização da nossa economia é necessária para enfrentar os desafios que o mundo enfrenta atualmente e para criar sociedades justas, inclusivas, socialmente justas, equitativas e sustentáveis. Para isso, atores de diversos movimentos, setores e regiões têm se mobilizado nos últimos anos para recuperar e reconstruir os serviços públicos como base de uma economia justa e justa que funcione para todos. Os principais marcos incluíram a primeira conferência global “Future is Public” realizada em Amsterdã 2019 e Manifesto Global sobre Serviços Públicos em outubro de 2021, assinado por mais de 200 organizações. 

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